Henrique Mota é designer e ilustrador. Foi assistindo a Uma Cilada para Roger Rabbit, ainda criança, que ele teve a certeza de que os desenhos também são reais. Hoje, quase trinta anos depois daquela Sessão da Tarde, ele segue impactado por todo tipo de manifestação visual, encontrando na ilustração a sua forma de contar histórias. Nesta estreia na literatura, seu desafio foi dar forma às tantas camadas de sentido que integram a aventura de Tita e sua busca por entender a si mesma.
livro favorito
"Senhora" e "A elegância do ouriço"
um segredo...
Não é exatamente um segredo, mas eu tenho certa agonia de cabides de metal porque um cabide (com uma roupa pendurada) já entrou no meu olho (na órbita, na verdade) e ficou lá pendurado enquanto eu corria entre as araras de uma C&A quando era criança.
3 perguntas para Henrique Mota
Onde a sua história e a de Tita se encontram?
Acho que ambos temos a curiosidade como uma grande motivação. A Tita começa a sua história com uma busca muito específica, mas tenho certeza de que quanto mais respostas ela encontrar, mais perguntas ela vai seguir fazendo.
Como foi fazer um livro com um grande amigo?
Por um lado, existe uma camada extra de responsabilidade quando criamos algo com um amigo que admiramos porque o medo de decepcionar é muito maior. Por outro, ironicamente, o processo é muito mais divertido — especialmente com a Nathalia. No final, o saldo é muito positivo. Como amigo, fico feliz pelo trabalho final, e mais feliz ainda por ter contribuído.
Em que medida o Henrique criança segue sendo presente na sua vida adulta?
Eu sempre amei desenhar e acho que esse é o meu traço de personalidade mais consistente ao longo da vida. Desenhar o que eu via e imaginava é algo que eu fiz muito quando criança e continuo fazendo. Ainda bem!